Costumava ser normal fazer isso ao tirar uma carteira de motorista na Flórida, mas agora é crime e pode custar até US$ 1,000 em multas.

Era um segredo aberto. Milhares de pessoas fizeram isso para resolver procedimentos urgentes. Foi rápido, eficaz e circulou por meio de grupos privados, páginas de mídia social ou simples cadeias de mensagens. Mas, a partir desta semana, o que parecia uma simples assistência fora do sistema se tornou um crime punível por lei estadual.

A Flórida aprovou uma lei que torna uma prática comum nos últimos meses, especialmente na parte sul do estado, uma contravenção de primeiro grau. Embora a maioria dos usuários tenha visto isso como uma solução temporária para a desordem e a falta de disponibilidade, as autoridades consideram isso uma fraude e já estabeleceram penalidades que incluem até um ano de prisão, liberdade condicional ou multa de até US$ 1.000.

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A nova lei, conhecida como HB 0961, começou em Miami-Dade e agora se aplica a todo o estado. O objetivo: acabar com a revenda de agendamentos para carteiras de motorista e documentos de identificação em escritórios do Departamento de Segurança Rodoviária e Veículos Motorizados (FLHSMV) ou em agências de arrecadação de impostos.

Uma vitória contra o “caos organizado”

O cobrador de impostos do Condado de Miami-Dade, Dariel Fernandez, foi um dos impulsionadores da lei. Nas redes sociais, ele comemorou que a lei local que ele promoveu agora se tornou política estadual.

“Descobrimos a fraude, aprovamos uma lei local e agora — graças ao HB 0961 — essa prática predatória é uma contravenção de primeiro grau em todo o estado, punível com até um ano de prisão, liberdade condicional ou multa de US$ 1,000”, escreveu Fernandez.

Para muitos moradores, o caos das consultas havia chegado a um ponto crítico. Tirar uma carteira de motorista, renovar uma identidade ou concluir procedimentos básicos se tornou um pesadelo. A falta de cupA falta de acesso aos serviços oficiais levou ao surgimento de um mercado paralelo: alguns usuários estocavam consultas gratuitas e depois as revendiam por até US$ 100 ou US$ 200.

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Fernández foi enfático: “Ninguém deve pagar por uma consulta que o governo oferece de graça”.

Uma mudança fundamental em tempos de maior controle da imigração

Esta medida ocorre no momento em que o governo Donald Trump aumenta a pressão sobre migrantes sem status legal. Neste contexto, ter uma licença válida tornou-se crucial. Ela não serve apenas como carteira de motorista, mas também como identificação para a polícia, empregadores e instituições financeiras.

Longas filas, falta de disponibilidade real no sistema e obstáculos burocráticos levaram muitos a justificar o uso desses agendamentos revendidos como um mal menor. Mas agora, fazer isso pode ter consequências criminais.

O escritório do coletor de impostos do Condado de Miami-Dade explicou desta forma: "Essa prática antiética criou sérios problemas de acesso para moradores honestos que simplesmente precisavam renovar uma licença, obter uma identidade ou concluir outros serviços essenciais."

Embora a FLHSMV seja uma agência estadual, em alguns condados o escritório do coletor de impostos já gerencia diretamente os serviços. Em Miami-Dade, essa transição pode ser consolidada sob a liderança de Fernández, que foi claro em sua mensagem: sistemas públicos não estão à venda.

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